[Crítica] Reign (2013)
Para fazer a minha primeira crítica no blog, escolhi uma das minhas séries favoritas: Reign. A série teve seu ultimo episódio transmitido em Junho de 2017, sendo finalizada com um total de quatro temporadas.
O Enredo:
A primeira temporada começa com a introdução da personagem principal, Mary. Mary é uma garota que foi coroada com apenas alguns dias de vida Rainha da Escócia e cresceu em um convento, ou seja, uma garota inocente com pouquíssima experiência, que é enviada à corte francesa para casar-se com o príncipe Francis, um velho amigo de infância. O enredo da série desenrola-se no cenário da corte, com Mary, suas damas de companhia e a família de Francis: sua mãe, Catherine de Medici e o Rei Henry II, também seu irmão bastardo, Sebastian. Desde os primeiros capítulos percebe-se que o cotidiano da família De Valois é bem conturbado e cheio de intrigas. Com poucos episódios surgem as primeiras mortes e os primeiros mistérios. Inicialmente, eu, particularmente, gostei da série por conta do ar Shakespeariano e romântico que a obra apresenta, principalmente ao longo da primeira temporada. Porém, na transição para a segunda temporada começa-se a perceber que a série aborda muito mais do que apenas o romance entre Mary e Francis. Além de todos os triângulos amorosos e segredos que vão aparecendo no decorrer dos episódios, existe toda uma questão política.
A série passa a ter um ar mais sério conforme o tempo se passa e é incrível acompanhar a evolução da personagem principal. Esse é, com toda certeza, um dos principais motivos pelos quais eu recomendo essa série para todo mundo.
A produção também tem um quê de misticismo quando diz respeito ao Sebastian e suas origens (druidas) e também ao Nostradamus. A intenção é não dar nenhum spoiler aqui, então fica um pouco difícil comentar todos os pontos altos da história. E por falar em spoilers, um fato que me interessou muito e me deixou ainda mais curiosa é o de que a série é baseada na história da Rainha Maria dos Escoceses e assim como a Mary, todos os personagens foram inspirados em figuras europeias reais. Por isso já recomendo: nada de procurar no google o que aconteceu!!
Há momentos em que é impossível não amar os personagens, incluindo os principais, e ao mesmo tempo há momentos que é impossível não odiá-los. A história sofre muitas reviravoltas e existem momentos chocantes.
A quarta e ultima temporada foi a minha favorita. Durante a terceira temporada um novo núcleo foi introduzido: o da Rainha Elizabeth, na corte Inglesa E eu confesso que logo de cara não curti, por admirar até o fim a Mary, porém, apesar de rivais, na quarta temporada fica muito difícil não admirar também a Elizabeth. Assim como a Mary, ela se mostra uma mulher forte, com ideais e que faria de tudo para proteger sua coroa.
E acima de tudo, mais um motivo certeiro para recomendar essa série é o final. O final é incrível e eu sei que muita gente pode discordar, mas eu achei que foi feito da maneira mais natural o possível. Não pareceu forçado, não pareceu aqueles finais que fogem da linha da história e ficam soltos como se não tivessem conexão com o restante da construção. Algumas pontas ficaram soltas, principalmente a respeito dos personagens secundários, porém não é motivo para criticar essa maravilha que foi o último episódio. Confesso que chorei alguns litros.
Os personagens:

Além disso, muitos personagens queridos morrem durante o enredo, o que me deixou bem triste, sendo uma morte impossível de superar até hoje. Fora isso, outra recomendação é a de não se apegar a nenhum casal. O casal de uma temporada, na temporada seguinte se desfaz e se eu lesse isso logo quando comecei a assistir Reign, provavelmente teria me sentido desanimada, porém não é desanimador, visto que a série tem muito mais conteúdo abordado além do romance.
Reign tem personagens muito bem construídos, com personalidades extremamente marcantes, e isso vale desde o Rei até os criados e personagens secundários.
Dentre uma lista enorme que as quatro temporadas trazem, resolvi destacar cinco personagens para falar um pouco.
Mary: Como já comentei, o mais interessante sobre ela é a evolução ao longo da série. É muito bom, como tele-expectadora, observar como uma garota realmente inocente e inexperiente torna-se uma grande mulher. Mas já aviso que não é impossível odiá-la a determinadas alturas do enredo.
Francis: Eu poderia muito bem simplesmente colocar apenas uma foto dele aqui e praticamente todo mundo entenderia os motivos para amar o personagem, porém, brincadeiras à parte, depois de observar os outros casais da série, fica muito difícil não defendê-lo. #TeamFrancis #FrancisHomão
Catherine: Se você começou a série há pouco tempo, deve estar se perguntando "Como assim, a Catherine está nessa lista?", mas calma, deixa eu explicar: Catherine é simplesmente uma das melhores personagens dessa série! Muito bem construída, eu diria um ícone.
Elizabeth: Como eu também já comentei, é uma personagem muito interessante. Ao mesmo tempo em que é o oposto da Mary, vemos as semelhanças entre elas como rainhas e mulheres inseridas dentro de um sistema monárquico machista.
Claude: Num primeiro momento é muito fácil não gostar da Claude, mas como eu também já comentei, a série dá muitas reviravoltas e achei interessante comentar sobre uma personagem de menor relevância, pois até mesmo esses são extremamente bem trabalhados e desenvolvidos em conjunto com o enredo.
E para finalizar, resolvi listar alguns outros pontos que me conquistaram temporada pós temporada:
- O elenco: O elenco é maravilhoso e cada personagem se encaixa mais que perfeitamente no ator escolhido de tal forma que não consigo vê-los atuando em nenhum outro trabalho sem estranhar.
- Figurino e trilha sonora: Apesar de retratar um contexto histórico, nesses aspectos a série não é tão fiel aos fatos, pois tanto as roupas quanto as músicas são mais contemporâneas, porém perfeitas. Lembro que logo na primeira temporada me senti extremamente cativada ao ouvir Pompeii - Bastille durante uma "luta" de espadas.
- A quarta temporada: Durante a quarta temporada o romance é deixado um pouco de lado e nós temos três núcleos, sendo eles: Escócia, França e Inglaterra e adivinhem só? Todos os três liderados por personagens mulheres: Mary, Catherine e Elizabeth!
- História: Mesmo que não completamente, o enredo mostra-se fiel à história e à ordem cronológica dos fatos, o que fica bem evidente durante a quarta temporada, quando, em paralelo ao climax, vemos a Inglaterra começar as Grandes Navegações.

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